Inspirados por uma realidade de mercado, que apresenta, na sua imensa maioria das veze esses dois ambientes integrados, a sala, com formato retangular, coexiste harmonicamente as funções do estar e jantar. Uma grande estante, de quase 7,50m de extensão, permeia todo o perímetro da vista principal do ambiente e esse foi nosso ponto de partida para o desenvolvimento do projeto. Conectados com o tema, que norteia motivo da mostra esse ano: “MEMÓRIAS” ao iniciarmos nossos desenhos, nos perguntamos, onde “guardamos” nossas memórias dentro de casa!? E a resposta veio, na “estante”!

Dentre outras funções que esse elemento da arquitetura de interiores cumpre nas nossas casas, para nós a principal delas é expor as “memórias”. Memórias essas que são contadas através dos objetos, fotografias, obras de arte, ou qualquer outro item de valor especial que acumulamos ao decorrer das nossas vidas e que se conectam com a nossa personalidade: “É uma característica da nossa linguagem projetual, no início de qualquer processo, entender a história do cliente, o que ele tem guardado, ou o que ele coleciona, tudo que some, e possa dar um valor único ao projeto, a gente busca conhecer. ” Conta o arquiteto Guilherme Magalhães.

Com um traço limpo atemporal, característico do escritório, a estante, que tem os elementos de divisória dispostos na diagonal, se inicia no estar, e chega até o jantar. Nesse último espaço, embutido nela temos um buffet em pedra, que dá apoio a área. Como característica da mostra, onde todos ambientes fazem parte de um único circuito, a passagem para o seguinte, também está embutida no centro da estante, suavizando assim essa transição. No estar, uma grande parede com cobogós de vidro, é retro iluminada na cor âmbar, que conferem ao ambiente uma luminosidade característica do por do sol. Tons de marrom e bege, completam a paleta de cores, que transmite a neutralidade que acreditamos que uma sala de convivência deve ter “As cores e texturas, ficam em destaque nos objetos de decoração, obras de arte e alguns estofados, que estão distribuídos ao longo do ambiente” conta o arquiteto Alexandre Martins.

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Para o mobiliário, decidimos trabalhar apenas com designers brasileiros, que mesclam elementos naturais sempre presentes em nossos projetos como couro, madeira, ferro.. Já para as obras de arte, pincelaremos diferentes técnicas e artistas, tanto na já mencionada estante, quanto em uma “Wall Gallery” que criamos ao lado do jantar, na parede oposta à de cobogós de vidro. Diante de tudo isso, a dupla ressalta que é um prazer, fazer parte de uma mostra, que está inserida no centro histórico da nossa cidade, ainda mais na primeira rua do Brasil, um entorno repleto de memórias que compõe a história da primeira capital do nosso país.